Quando se fala em investimentos, a diversificação é uma estratégia essencial. Afinal, concentrar todos os recursos em uma única opção pode ser arriscado. É nesse contexto que os fundos imobiliários (FIIs) ganham destaque, oferecendo uma maneira prática e acessível de participar do mercado imobiliário sem a necessidade de adquirir um imóvel.
Além disso, a diversidade de tipos de FIIs permite aos investidores diversificar tanto em setores específicos, como logística, varejo ou educação, quanto em categorias, como fundos de renda, fundos de desenvolvimento ou fundos híbridos. Além disso, a variedade de tipos de FIIs permite diversificar não apenas entre setores, mas também entre diferentes categorias de fundos. Que tal explorarmos isso juntos?
É imprescindível frisar que este conteúdo é meramente informativo e, portanto, não se constitui como indicação de investimento.
Por que diversificar com FIIs?
Diversificar é uma estratégia essencial para reduzir riscos e garantir maior estabilidade em retornos. No universo dos FIIs, isso significa distribuir os investimentos entre diferentes tipos de fundos, como os de papel, de tijolo, fundos de fundos (FOFs) e até os de desenvolvimento.
Cada um tem características únicas que podem trazer equilíbrio para a carteira do investidor.
Quando a pessoa investe em FIIs não significa que ela está adquirindo imóveis diretamente, mas sim que ela pode participar de empreendimentos como escritórios, galpões logísticos e shoppings e até recebíveis imobiliários. Isso permite ao investidor diluir riscos ao se expor a diferentes tipos de ativos imobiliários, reduzindo a dependência de um único segmento ou mercado específico. Quando a pessoa investe em FIIs, não está apenas comprando imóveis. Na verdade, está adquirindo partes de escritórios, galpões logísticos, shoppings e até recebíveis imobiliários. Ou seja, a carteira estará “andando” junto com diferentes setores da economia, diluindo os impactos de crises específicas.
Os tipos de FIIs para diversificar
1. Fundos de papel (recebíveis imobiliários)
Esses fundos se referem aos títulos relacionados ao mercado imobiliário, como CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). Eles são conhecidos por sua estabilidade, já que oferecem rendimentos previsíveis e menos dependentes de ciclos econômicos.
Exemplo: HCTR11 (Hectare CE FII). A consistência no repasse de dividendos e a incrível gestão cada vez mais eficiente são motivos que têm feito esse fundo se destacar bastante nos últimos tempos.
Vantagem: ideal para quem busca geração de renda com maior previsibilidade no fluxo de caixa.
Vantagem: ideal para quem busca fluxo de caixa constante.
2. Fundos de tijolo (imóveis físicos)
Trata-se de fundos que atuam investindo direta e especificamente em imóveis, como shoppings, escritórios e galpões logísticos. Eles costumam trazer uma exposição mais direta ao mercado imobiliário tradicional.
Exemplo: KNRI11 (Kinea Renda Imobiliária). É um fundo diversificado, com imóveis de alta qualidade e gestão consolidada.
Vantagem: potencial de valorização do imóvel e rendimentos com base em locações.
3. Fundos de fundos (FOFs)
São fundos que investem em outros FIIs. Eles são ótimos para quem quer diversificação máxima, já que a gestão escolhe diferentes FIIs para compor a carteira.
Exemplo: BCFF11 (BTG Pactual Fundo de Fundos). É hoje um dos investimentos da categoria mais diversificados do mercado, além de ser bastante líquido.
Vantagem: diversificação automática e gestão profissional que escolhe os melhores ativos.
4. Fundos de desenvolvimento
Esses fundos são para quem tem apetite por risco e busca maiores retornos. Isso porque são investimentos em projetos imobiliários ainda em etapa de construção, mas com elevado potencial de valorização no decorrer do tempo.
Exemplo: RBRP11 (RBR Properties). Focado em projetos estratégicos e com alto potencial de crescimento.
Vantagem: alta possibilidade de valorização, mas exige paciência e tolerância ao risco.
O que avaliar antes de investir
Antes de sair comprando cotas, vale a pena dar uma olhada em alguns pontos essenciais:
- Histórico de rendimentos: verifique de modo a se certificar de que o fundo possui um histórico consolidado de pagamento de dividendos, além da sua periodicidade;
- Gestão: analise se a equipe é experiente e tem boa reputação no mercado, além de compreender se a gestão possui capacidade de lidar com possíveis futuras crises;
- Liquidez: verifique se o fundo é negociado com frequência na bolsa, para evitar dificuldades em vender suas cotas;
- Setor de atuação: entenda se o setor no qual o fundo atua está alinhado com os seus objetivos e tolerância ao risco.
Equilibrando FIIs com outros ativos
Mesmo que os FIIs sejam incríveis, eles não devem ser os únicos na carteira. Equilibrar esses fundos com ações, renda fixa e outros ativos é fundamental para maximizar os retornos e proteger o capital.
Uma dica prática: manter uma proporção que respeite os objetivos e o perfil de risco é muito importante.
Por exemplo, se o investidor busca uma carteira conservadora, pode alocar uma parte maior em fundos de papel e renda fixa. Já quem é mais arrojado pode explorar fundos de desenvolvimento e ações.
Os FIIs são uma ferramenta poderosa para diversificar a carteira e acessar o mercado imobiliário de forma prática, além de ser possível obter uma renda passiva através desse tipo de investimento. Cada tipo — papel, tijolo, FOFs ou desenvolvimento — oferece vantagens únicas que, quando combinadas, podem trazer equilíbrio e potencial de crescimento para os investimentos.
Com planejamento, estratégia e informação, é possível investir com mais segurança e construir uma carteira que cresça junto com os objetivos do investidor.